sábado, 20 de dezembro de 2008

Jipe Noel 2008

DIÁRIO DE BORDO

JIPE NOEL 2008 - 20/12/2008.

O formato do jipe Noel este ano foi diferente, é de praxe sair com brinquedos por ruas distantes ou até mesmo de difícil acesso e fazer a criançada que encontrarmos pelo caminho feliz, mas, o C1 como sugestão falou da Instituição Helen Drexel e foi logo aceita por vários integrantes do grupo, fazer num ambiente fechado, comprarmos brinquedos de melhor qualidade e até mesmo termos mais segurança, pois por dois anos rodamos no meio de favelas, foi o que acredito o mais pesado nesta decisão.

O Jipe Noel foi comemorado num sitio, Sítio do Hideki no Jardim Eliana zona Sul de São Paulo pra ser mais exata, Hideki é um “amiganjo” do C1 e Leila.

Todos os anos C1, Hideki e vários amigos ajudam a Instituição Helen Drexel, esta Instituição abriga crianças que por vários motivos são deixadas aos seus cuidados. Não é um orfanato em si e sim lares com mães sociais que cuidam de até 15 crianças em cada casa, fazer um lar o mais normal possível é sua meta.

Com o empenho do C1, Leila e Hideki, a meta de R$ 16.000,00 foi alcançada, com muito suor, afinal uma arrecadação destas não é pra qq um não. A Estilo 4x4 este ano foi bem menos caridosa, mas mesmo assim contamos com a ajuda de amigos irmãos e chegamos à marca de R$ 2.400,00.

Cheguei ao Sítio por volta das 11:00hs, eita lugar longe kkkk, as crianças já corriam pelo gramado, mesas fartas estavam à disposição. Carrinho de cachorro quente, hambúrguer, esfihas, algodão doce, salgadinhos diversos e quentinhos vinham da cozinha à toda hora, pão de queijo, bolos, docinhos, brigadeiros, refrigerantes, ufa, engordei uns 5kgs de tanto que comi! Kkk

A turma do Curumim ficou o tempo todo animando a garotada, dança, brincadeiras e gincanas não davam tempo para descansarem, mas, quem queria descansar?
Tivemos música ao vivo com uma dupla caipira amigos do Hideki. Tivemos um concerto com violino.
Brincamos no campo de futebol, jogamos vôlei, fizemos bolinha de sabão, soltamos pipa, e até castelinho de areia conseguimos construir, pra falar a verdade acho que foi o mais gostoso, a molecada se acabou no monte de areia que estava quietinho num canto, as crianças pequenas saiam de lá com areia até nos olhos kkkk

Das 10:00hs até ás 16:00hs foi comilança e brincadeiras, a Leila só trabalhou, de Leila Furacão passou a ser Anastácia kkkk, deixou o C1 cuidando da Carolzinha, kkkkk, o coitado trabalhou, como trabalhou! Kkkk.

As 16:00hs começamos os preparativos pra chegada do Papai Noel, empilhamos 90 kits contendo 01 cobertor, 01 jogo de lençol com 3 pçs, 01 toalha de banho e 01 de rosto, e outro kit contendo 01 calçado, 01 conjunto calça/camiseta ou saia/blusa ou vestido dependendo da idade, 01 brinquedo e 01 chinelo.

A entrega foi longa, afinal o momento precisava ser registrado, não é todo dia que tem Papai Noel dando tanto presente.

Correu tudo como esperado, contamos com a presença de vários amigos do C1, Leila e Hideki. A família Prego, Zé, Rita. Eu e Dani marcamos presença representando a Estilo 4x4.

Às 18:00hs todos partiram para seus lares, mais um natal feliz pra ficar na memória, no coração e nas orações daqueles que recebem de tantos estranhos o que deveriam receber de seus pais.
Mais uma vez venho agradecer a colaboração, o carinho e companheirismo dos colegas que nem participam tanto das atividades no decorrer do ano, mas estão lá quando encho o saco pedindo dindim pra levarmos carinho aqueles que tanto necessitam.
Recebam o meu abraço e meu muito obrigado afinal nada neste mundo faz sentido se
não tocarmos o coração das pessoas. Se a gente cresce com os golpes duros da vida, também pode crescer com os toques suaves na alma.

Nós ajudamos encher o saco do Papai Noel:

C1 e leila
• Adalberto Rosseto,
• Alex C2, Alfredo Argentino,
• Ana e Lalá, Betão, Carlos Figueira,
• Edu Prego, Fávero, Fernando Possato, Gatoo,
• Glauco, Hafiz, Lili, Luís Bastos, Marcia Colevati,
• Oswaldo Marchetti, Pedro e Mazé, Téo, Thiago C3, Tropeço,
• Zé e Rita.


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Márcia Colevati

domingo, 7 de dezembro de 2008

Blumenau - 04/12/08

DIÁRIO DE BORDO

BLUMENAU – SC DE 04 A 06/12/2008.

INTEGRANTES:
Toy Band – João, Lígia – Cabeçudos Off Road
JPX – Paulinho e Magôo – Cabeçudos Off Road
Vitara Papaléguas – Tropeço e Márcia Colevati – Estilo 4x4

JPX – Moa e Sandra – JC Granja Vianna
Toy Band – Ricardo e Ronald - JC Granja Vianna

Troller – Carlos e Kelly – Comando Oeste
CJ – Carioca – Comando Oeste
Samuka – Elton – Comando Oeste
Ranger – (?) - Comando Oeste

Cegonha com 03 viaturas (Não chegaram, ficaram em Curitiba, problemas de comunicação).

O Joãoponeiz recebeu um chamado onde jipeiros de Sampa estavam sendo convidados a ajudar os desabrigados em Blumenau, eles precisavam de jipes para acessar áreas de difícil acesso e desempenhar serviços diversos.

Rapidamente o João contatou os amigos e resolveu seguir viagem. Lígia, Magôo, Paulinho, Márcia e Tropeço aderiram e seguiram para Blumenau na noite de 04/12 quinta feira. A Toy foi rebocando o JPX até o sul aonde chegaram por volta das 7:00hs da manhã, alguns pontos com barreiras fizeram que a viagem durasse 13 horas.

A chegada na cidade já mostrava os problemas que aquele povo passou, vários desmoronamentos, casas caídas, lama, e muito entulho nas calçadas, móveis e madeiras por todo lado. Mas como já era de se prever tudo estava voltando a funcionar, afinal em duas semanas um povo guerreiro como é o catarinense já estava de pé e colocando a cidade no lugar, dentro de suas limitações, mas com muita dignidade e coragem.

Chegamos ao Viena Park Hotel, local onde nos foi reservado suítes sem nenhum custo pelo Dr Marcos (pessoa que solicitou ajuda). Acomodamos-nos e ficamos aguardando orientações. Já haviam chegado ao Hotel o Carioca e Elton, jipeiros do Comando Oeste.

Por volta das 10:30hs seguimos até o Setor 1 onde todos os donativos são recepcionados e é feita a primeira triagem. Reunimos-nos com o Secretário do prefeito o Sr Raimundo, o chefe do Corpo de Bombeiros, o Secretário de Obras, o chefe da Defesa Civil e o Dr Marcos para as devidas orientações.

É nítido o desgaste físico e mental dos chefes envolvidos neste acontecimento, o Sr Raimundo em suas primeiras palavras ficou embargado e mal conseguiu falar sobre o que vem acontecendo em sua cidade, falar em perdas de vida é o mais difícil.

Quando souberam que estávamos chegando, alguns departamentos solicitaram viaturas para alguns serviços e foram designados:

- 03 viaturas para os bombeiros – João e Lígia – Toy / Paulinho e Magôo – Jota/
Ricardo e Ronald -Toy
- 01 viatura para obras – Ranger
- 02 viaturas para a Saúde – Tropeço e Márcia – Vitara / Moa e Sandra - Jota
- 01 viaturas para (?) - Carlos e Kelly – Troller
- 02 viaturas para (?) – Carioca – CJ / Elton - Samuka

As viaturas para a Saúde ficaram aguardando os médicos por um bom tempo e eles não puderam comparecer, aí pedimos serviços e nos foi dado a incumbência de levarmos cestas básicas, brinquedos, leite e água a lugarejos de difícil acesso, mas antes teríamos de passar pelos postos de triagem onde as assistente sociais nos orientariam.

Chegando num destes postos fomos informados que este tipo de serviço não pode ser feito uma vez que as pessoas em dificuldades têm que se cadastrarem num dos postos perto de suas residências e lá retirarem o que for necessário, nada, absolutamente nada é oferecido em domicílio. As família que podem permanecer em suas residências devem retirar os suprimentos nos postos, as família que estão desabrigadas ou desalojadas ficam em alojamento e recebem toda ajuda que necessitam, esta é uma forma de controlar todos necessitados e somente quem realmente precisa é atendido e ainda, quem está em situação de risco deve ser “forçado” a sair de sua residência para evitar o pior, se continuarmos a supri-los incentivamos que fiquem em situações que colocam sua vida em risco.

Eu ouvi de uma assistente social:
“- Aqui nós tratamos as pessoas com dignidade, nada de encher um caminhão e sair distribuindo comida como se alimenta porcos, nos temos que ter controle de tudo que é doado, temos um compromisso com toda população que está nos ajudando e temos que alimentar um povo que está sofrendo com suas perdas, mas sempre lembrar que lidamos com seres humanos que merece nosso respeito.”

É por pessoas como essa senhora que nos faz acreditar que ainda existe forma de ajudar e ter certeza que nossa ajuda encontra o necessitado que a espera.

Fomos encaminhados com as viaturas cheias para um dos postos mais longe para sabermos se ainda podíamos ajudar alguém que morasse em regiões de difícil acesso, carregamos a Ranger com sacos de batatas para também serem encaminhados aos que necessitassem.

Chegando ao posto 11 fomos informados que todas as famílias já estavam abastecidas e que não havia forma de entregar nada à população. Deixamos todo o carregamento dos jipes neste posto e voltamos para o hotel.

Diante de tudo que vimos, resolvemos Tropeço e eu que voltaríamos para Sampa no sábado de manhã, a cidade está bem organizada, todos os envolvidos estão abastecidos, as doações estão sendo bem direcionadas, a vida volta devagar à normalidade, AMÉM!.

João e Lígia, Paulinho e Magoo, Ricardo e Ronald, levaram os bombeiros também de outras cidades que estavam lá na mesma situação que a nossa nos seus jipes até áreas onde havia solicitações de corte de árvores que causariam algum risco, relataram que viram casas destruídas, e situações bem críticas. Trabalharam bastante, fizeram amizades, o Paulinho pra variar “judiou” dos caras contando mentiras sobre grandes salários em Sampa para os bombeiros kkkk e voltaram para o hotel.

Moa e Sandra, Ricardo e Ronald, Carlos e Kelly, Carioca e os outros seguiram para um bar onde tomaram umas cervas e papearam até tarde.

Sábado de manhã eu e Tropeço fizemos as malas e começamos nossa volta para Sampa. Voltamos por Itajaí para ver se alguma coisa poderia ser feitas em Gaspar ou localidades. Na estrada havia muitos desvios por terra onde pudemos ver os campos de plantações de arroz todo destruído pela lama, encostas desmoronadas, várias barreiras nas estradas, um ponto onde houve a explosão de gás e um carro caiu ribanceira abaixo com o desmoronamento da estrada, um morador relatou que o motorista vinha pela estrada, viu a explosão adiante, freou o carro e este começou a cair com o desbarrancamento e ele conseguiu sair antes que caísse tudo abaixo, o veículo ainda está lá embaixo, dentro do rio e cheio de lama, acho muito difícil conseguir tirá-lo de lá.

Nossa volta foi tranqüila e chegamos em minha casa por volta das 19:00hs.

No sábado após o café, João e Lígia, Paulinho, Magôo e Ricardo foram até a base pegar novamente os bombeiros, mas estes felizmente já haviam conseguido uma viatura dos bombeiros e já haviam seguido com a agenda do dia, voltaram para o hotel, fizeram as malas e também voltaram para Sampa.

Moa e Sandra relataram:
A Sandra e eu voltamos ao posto 11 - Abrigo no qual descarregamos a carga na sexta-feira, na manhã de sábado.
Chegamos lá as 08:05h, a pedido da Cleide, assistente social de Blumenau.Saímos com uma carga de leite, bolacha e água, para visitarmos alguns pontos que ela ainda não tinha verificado, e também para checar a informação de uma moradora que estava em área de risco com 3 crianças e não queria sair.
Juntou-se a nós a Assistente Social do Rio de Janeiro, e lá fomos morro acima.
Naquela manhã ouvimos relatos emocionantes dos moradores, uns que saíram de carro com o que puderam carregar, outros que caminharam pela mata da cidade até a montanha para ver se algo tinha acontecido aos parentes que lá moravam, entre outros.
E finalmente, chegamos a casa da senhora que não tinha alimento, e não queria abandoná-la.
Com 3 crianças, tinham medo dos saques, que já ocorreram naquela região. Como vizinha, uma senhora operada, e também sem alimento e condições de sair.
As assistentes sociais conseguiram, em troca do alimento, que ambas fossem para uma outra casa próxima, em local mais seguro. Lá deixamos a carga e retornamos depois com uma cesta básica, que deveria ser dividida entre as famílias.
Foi uma manhã com muita emoção, e embora aquém das nossas intenções, com um sentimento de missão cumprida.
Dispensados pelas Assistentes Sociais, nos despedimos e retornamos ao hotel às 14:00h do sábado, para em seguida empreender viagem a São Paulo.Chegamos em Cotia precisamente às 22:30h.

Nesta viagem notamos que os catarinenses estão recebendo muita ajuda, voluntários de todas as partes estão lá à disposição para o que precisarem. Maquinários de repente seria o mais importante agora, mas tudo tem que caminhar com calma, os serviços estão sendo feitos com sua ordem de urgência, este povo é trabalhador e consciente.

Acredito que as doações deveriam cessar por um tempo e ser mandado somente o que eles determinarem ser necessário para evitar o desperdício, neste momento estão super abastecidos, os problemas seguirão por meses, pois muitas casas terão que ser reconstruídas e muita coisa poderá estragar agora e fazer falta depois.

Fomos trabalhar e não encontramos muito que fazer, mas voltamos com o sentimento de dever cumprido e a certeza de que ajudamos quem realmente merece.

Aos colegas meus parabéns, eita povo raçudo.
Aos catarinenses tiro o chapéu, devem servir de exemplo para todo povo brasileiro.
À todos que nos recepcionaram naquela terra o nosso obrigado, fomos muito bem recebidos.

Corrijam-me nas falhas e acrescentem o que não soube relatar.



Fotos Márcia
http://picasaweb.google.com/marciacolevati/Blumenau4A6122008?authkey=NYJRPmC8020#


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Márcia Colevati

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Trilha do Índio

DIÁRIO DE BORDO

TRILHA DO ÍNDIO – PEDRO DE TOLEDO/SP 15/11/2008.

INTEGRANTES:
Estilo 4x4
CJ Batifino – C2, Silvana e Marina
CJ Super Máquina – Radel, Fávero, Gabi e Vini
Gaiola das Loucas – Flávio e Gaspar
Samuka RC – Prego e Sandra
Troller M. Jackson – Zé e Rita, Mário e |Helena
Troller Saci – Rosseto
Troller Malbec - Alfredo argentino e Alicia
Vitara Pablito – Gaúcho e Pedruca
Vitara Chapolim – Márcia, Olívia e Junior

Cabeçudos Off Road
CJ5 Barbie – Ghetti e Giovanna
Jota “Quest” – Joãoponeiz e Lígia
Samuka Viagra – Pigas, Val, Bia e Tom
Samuka Mattuzalém – Téo e Kika
Toy Band – Augusto, Rosana, Roseli e Letícia

Jipeiros da Serra
Engesa Gege – Robinsom, Regina, Vivi e Fernando
Pajero – Guilherme e Junior

Free
Land – Nelson
Vitara Black Label – Flávio Miranda e Mara
Samuka Cabeleira – Arthur e Maria aparecida


Choveu a semana toda e o Joãoponeiz só rezava, tinha marcado uma trilhazinha de nada, mas com aquela chuva toda as 15 viaturas que haviam confirmado haveria de dar problema, ficou mais tranqüilo quando viu a previsão do tempo e esta prometia sábado de sol.

Ponto de encontro tranqüilo, Serjão confirmou e não foi, nem seus amigos, mas para balancear entraram mais 6 viaturas que não estavam na lista, formamos um comboio com 19 viaturas, tudo que uma trilha precisa para dar problema.

Saímos às 09:00hs do posto 41, seguimos até Juquitiba fizemos o retorno na rodovia e entramos sentido Pesqueiro do Miranda, seguimos a longa estrada de terra e já batiam 11:00hs quando encontramos nosso primeiro obstáculo, uma subida em curva com erosões que apesar do sol ainda estava bem lisa por causa das chuvas da semana.

De longe ouvíamos o ronco da Band e depois da Land sofrendo para subir, ai vieram as instruções,
- Sobe bem pela esquerda e depois corta e vai pela direita, “acelera”,
E lá vou eu, piso fundo e no meio do caminho encontro a Lígia agachada filmando, “ai Jesuis” sai, sai, sai, kkkkkkkkkkkkkkk, é nego correndo pra todo lado, ufa consegui chegar ao topo sem pegar ninguém, kkkkkk.

Gosto de ficar fotografando e papeando, qdo ficamos ao volante perdemos tudo que nossos amigos aprontam, soube que o Zé ficou enroscado numa subida, vi o argentino patinando em outra, soube que o C2 ficou muito macho quando disseram para colocar a cinta, enfiou o pé no acelerador e o Batifino nem sentiu a erosão e foi embora kkkk, a Gaiola do Flávio mandou bem pra caramba mas também precisou de uma ajudinha num ponto, eu “quase” tombei o Chapolim num subida que tinha que passar “lambendo” o barranco à direita kkk, a coitada da Olívia ficou pendurada do meu lado kkkk.
A Super Máquina a RC e o Saci nem tive contato, estavam bem pro fim do comboio e não pude esperá-los, tinha que liberar caminho, o Pablito também foi muito bem, mas ficou atoladinho numa erosão e a Barbie teve que dar um totozinho para que seguisse. As fotos mostram vários pontos que não pude acompanhar, precisamos sentar para contar as façanhas das nossas viaturas hehehehe.

Joãoponeiz, Téo e Paulinho pra variar trabalharam como loucos, parecem múltiplos, para onde se olha eles estão. Ghetti, Junior e Flávio também não pararam, eita povo bom pra trabalhar. O João com suas “dicas importantes” deve ter afugentado algum mal intencionado, pois nesta trilha todos trabalharam se ajudaram e brincaram muuuuuuuuuito hehehehe.

Esta trilha é bem tranqüila quando seca, porém se chove o bicho pega. Após as subidonas, temos uma cachoeira uns 200 metros fora da trilha, paramos para o big churras por volta das 15 horas, ficamos umas 2 horas papeando e saboreando as iguarias preparadas pelos nossos amigos Gaucho, Gaspar, Alfredo argentino e C2, as crianças incluindo o Augusto kkk ficaram brincando na água, os marmanjos contando mentiras e a mulherada papeando, esta pausa é sempre muito boa, nos aproximamos mais dos amigos. O Zé estacionou tão bem o Michaeljacksom que quase não saia da mata, poe guincho, poe cinta, empurra, balança e ufa, conseguiram arrancá-lo do atoleiro.

A trilha continua com muitos alagados, mas nada que comprometa a viatura e por volta das 18 horas chegamos novamente na estrada, neste trecho entrou uma pedra no sapato do Chapolim e tive que pedir ajuda aos universitários kkkkk, arranca pneu, tira pedra e tudo resolvido seguimos até a BR 116.

Missão cumprida, trilha feita, nenhuma baixa tirando o Samuka Viagra que ficou no posto 41 por conta de uma mangueira que não queria subir, quero dizer que não queria ajeitar kkk ou sei lá o quê que a mangueira tinha kkkk, coisas de Pigas é claro kkk, todos voltamos felizes e contentes para casa.

Corrijam-me nas falhas e acrescentem o que esqueci.

Obrigada galera por mais esta aventura, fotos abaixo, divirtam-se.

Fotos:
Márcia
De Trilha do índio


Gaspar – http://picasaweb.google.com.br/Gaspar4x4/TrilhaDosNdios#
C2- http://picasaweb.google.com.br/xalande/TrilhaDoNdio#
Téo - http://picasaweb.google.com.br/teoaugustoTT/TrilhaDoIndio#


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Márcia Colevati

domingo, 14 de setembro de 2008

Barro Branco / Rio do Ouro

DIÁRIO DE BORDO

TRILHA BARRO BRANCO / RIO DO OURO- 14/09/2008.

INTEGRANTES:
Vitara Chapolim – João, Márcia, Dani, Cecília e Junior
Vitara Papaléguas – Tropeço e Léo
Gran Vitara Noiva – Gaspar e Dani
Samuca Loro do Pirata – Prego, Sandra e Gio
Samuca – Edu Barro e Silvia
CJ – Thiago e Vanessa
CJ Batifino – C2, Sil e Marina
Troller Furacão – C1, Leila, Ro e Carol
Troller Tomatão – Cláudio e Silvia
Troller Pintinho do Lalá – Lalá, Ana, Dudu e pegador (?)
Engesa Formigão – Possato e Terezinha
Land bca – Germano e Marcelo
Land verde – Paulo e Léo


Domingão de chuva, nada pra fazer, resolvemos pegar uma laminha.
Alguns colegas estiveram nesta trilha no sábado 13/09, eram quase 23:00hs quando saíram e nos alertaram, - É melhor não fazer, ta muito ruim e com crianças nem pensar, ainda mais sendo domingo, ninguém conseguirá sair à tempo.

Tínhamos confirmados 8 jipes mas no ponto de encontro chegam 13 viaturas, 31 adultos, 03 crianças e 01 cachorro, o Juninho é claro! Aí complica, rsrs, domingão, chovendo, trilha enroscada e 13 viaturas.... ai, ai, ai, hoje o coisa pega, rsrsrs

Resolvemos conferir o local e se realmente não desse pra fazer a trilha desta vez seguiríamos direto para a Rio do Ouro pro churras.

A chuva não parava, o dia ia escurecendo cada vez mais, por ser região de serra a visibilidade estava quase nula, uma névoa cobria as viaturas e o frio só aumentava, aquela fiiiiiiiiiiiiila de jipes e vamos embora, rsrs.

Chegamos na entrada da trilha e enfileiramos as viaturas de modo que o da frente cuidava do de trás e vamos tocar que já eram quase 11 horas da manhã, isso mesmo, até chegar todo mundo e sair o relógio parecia um velocista na olimpíada.

O local é um alagado só, tem a lagoa do sapo nos arredores e adivinhem a trilha toda tem sapos pulando pra todos os lados das poças, pena estar chovendo e termos que ficar dentro da viatura, o visual é muito louco.

Nas primeiras poças vem o aviso, o troller do Claudio ficou, ele era o quarto da fila, aí uma Land que estava à sua frente teve que puxá-lo. “Tinha que ser um troller” a galera começou a zoar, rsrsrs. Liberado tocamos mais um pouco e logo sumiram novamente de nosso visual, paramos e novamente o Claudião tinha ficado.

Enquanto liberavam ele do enrosco o Edu do Barro foi abrir caminho no primeiro enrosco de responsa, um enorme atoleiro onde todos os caminhos levavam à imensa lama, um brejão total. O João com o Chapolim encostou num canto e foi ajudar o Edu. Ponto de ancoragem nem pensar, uma pequena árvore foi usada pra ancorar o Edu, mas que nada, a coitada ia descendo ao chão, pedimos para não ser usada, e vamos suar para tentar liberar o Samuca do atoleiro.

A chuva caia, o enrosco aumentava e eu decidi que a melhor coisa a ser feita era abortar, já eram 12 horas, mal tínhamos começado a trilha e só uma viatura havia passado esse atoleiro. Alguns colegas queriam continuar e dividimos o grupo, Possato com a Engesa, Germano e Pedro com as Lands seguiram, o restante voltou e tocamos para o Rio do Ouro.

Os 3 que seguiram tiveram muito trabalho usando hi-lift e tudo que podiam, conseguiram sair da trilha às 15:30hs.
(A trilha foi boa - diria que média/difícil. Fomos em 3 jipes (equipados e c/ guincho) e saímos da trilha às 15h30 aproximadamente.
Ainda bem que grande parte da turma abortou a trilha, pois p/ passar todos os jipes demoraríamos muito mesmo...
Não dá p/ fazer essa trilha s/ pneus e muito menos sem guincho. Num atoleiro, p/ buscar uma árvore p/ ancorar, precisamos desenrolar todo o cabo do meu guincho (38m), mais um cabo de aço de 12m e mais duas cintas! Mesmo assim, a árvore se inclinava muito e tivemos que levantar a frente do jipe c/ hi-lift e puxar no guincho até que ele tombasse. Daí repetimos a operação umas 3 vezes até sair completamente do atoleiro e, posteriormente, servir de ponto de ancoragem p/ os dois jipes que vinham atrás.)

Dois colegas Edu e Claudio, seguiram para Paranapiacaba, foram almoçar num lugar bem quentinho.

Os outros 08 jipes se reuniram na estrada do Rio do Ouro e fizemos um big churras em baixo de uma baita chuva kkkkkk, Tropeço subiu as erosões que levam ao Rio, voltou e juntou-se a nós. Muita conversa, brincadeira, zoação e é claro um bom vinho, o C1 lembrou dos pobres e nos levou vinho para aquecer o esqueleto tão sofrido kkkk. Churras com os Cuevas e certeza de mesa cheia, kkkk, C2 não deixa por menos, até mesa de playground esse maluco leva.

O louco do Lalá queria “armar a tenda” com cabo de aço amarrado na torre de eletrificação, kkkkk. O Prego parecia o Lost kkkk, toda hora se ouvia, - onde está o Prego???kkk, ele estava inaugurando o Samuca Louro do Pirata kkk e vinha feliz e contente com seu novo brinquedo.

O Thiago C3 levou a amada para um programa de índio kkkk, cobria-a de beijos para compensar a roubada em que a colou, kkk. O Gaspar estava meio quieto, não tinha a quem aquecer kkk, levou o brother e deixou a amada descansando, ela já conhece as roubadas e achou melhor liberá-lo kkkk.

No meu Chapolim estava a culpada da trilha ter furado, a minha filha Dani resolveu levar uma amiga para conhecer a trilha, uma argentina estava pondo tudo a perder nesse dia, kkkk, a Cecília veio passar um mês no Brasil e resolveu fazer a trilha com a gente. Pena ter chovido tanto e elas terem ficado o tempo todo dentro da viatura, caso contrário teria sentido o que realmente é ser Zeca!

Nosso churras demorou algumas horas e na volta ainda pudemos brincar em erosões, subidas e atoleiros. Mas o melhor de tudo é passar um domingão em companhias tão saudáveis, afinal, amigos é pra essas coisas também! Rsrsrsrs

Barro Branco que nos aguarde, vamos concluí-lo em breve!


Fotos Márcia/ Leila.


Barro Branco / Rio do Ouro






Gaspar -http://picasaweb.google.com.br/Gaspar4x4/BarroBranco#

C2- http://picasaweb.google.com.br/xalande/TrilhaDoOuroBarroBranco#

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Márcia Colevati
“Algo só é impossível até que alguém prove o contrário”

terça-feira, 12 de agosto de 2008

EXPEDIÇÃO JALAPÃO 2008

DIÁRIO DE BORDO

EXPEDIÇÃO JALAPÃO – SAÍDA 12/07/2008 – CHEGADA 23/07/2008.

INTEGRANTES:
HILUX – João / Márcia / Edu / Marcelo Chiode
TRACKER – Prego / Sandra
TROLLER - Possato / Terezinha
VITARA PAPALÉGUAS – Tropeço / Silvana / Léo / Desirre


Em outubro de 2007 o João comentou com os amigos da Estilo 4x4 que faria esta viagem em 2008, a partir daí algumas pessoas se mostraram interessadas em nos acompanhar e fomos discutindo e arranjando as coisas até que chegou o grande dia.

Em 12/07/2008 partimos do Posto Frango Assado na Bandeirantes.
05:38 – saímos do Posto na Bandeirantes –SP
18:15 – Chegamos em Brasília -DF

Rodamos 935 km em 11:30hs, estradas MT boas, só entrando em MG que sentimos bem a diferença, no mais foi bem tranqüilo apesar da velocidade controlada o tempo todo por radares.

Chegando a Brasília fizemos um tour para conhecer os prédios públicos. Os prédios são lindos, mas, por sabermos da vergonha que são nossos políticos nem nos animamos, fizemos algumas fotos e fomos abastecer e jantar.

Saímos de Brasília e fomos dormir em Formosa no Hotel Planalto, preço bom, acomodações simples mas MT boas e bom café da manhã também, vale indicar. (R$ 25,00 por pessoa com café da manhã)

13/07/08

8:28 – Saímos do Hotel – Formosa – GO
17:00 – Chegamos em Dianópolis – TO

A Rodovia pra chegar em LEM é um retão e passa pelo meio de plantações, algodão nesta época é o forte, a paisagem branca some no horizonte, lindo, uma planície coberta por algodão
Chegamos a Dianópolis ao entardecer, vimos dois hotéis pelo caminho e escolhemos ficar no Hotel Mosaico, boas acomodações e bom café da manhã, R$ 67,00 o casal, não tinha acomodações iguais para todos, tivemos que decidir como separar.
Este é um problema, não há vagas iguais suficiente para grupos grandes o que pode causar descontentamento entre os integrantes do grupo.
De Formosa até Dianópolis rodamos 616 km em 9:30hs, estradas boas também, porém com trafego de caminhões e pista simples, além de mais demora em abastecimentos e lanches/pipis. Neste percurso o Troller do Possato deu uma engasgada numa das paradas e não queria pegar, acreditamos ser algo com o alarme, depois que liga um abraço, seguimos viagem sem problemas.

14/07/2008
10:31 – saímos de Dianópolis, fizemos compras mercado etc kkkk
10:56 – chegamos em Rio da Conceição – TO
19:05 – chegamos em Natividade - TO

Começamos os caminhos por estradas de terra, num determinado ponto em Rio da Conceição uma surpresa, a ponte sumiu, a Terezinha lembrou: - Se o Lalá tivesse aqui ele tinha caído nesse rio, o Lalá é louco! Kkkkkkk, como amamos esse nosso amigo maluco.

Pegamos outro caminho e seguimos até a Cachoeira da Fumaça, a achamos “xoxa”, brincamos um pouco e seguimos a estrada, chegamos ao Rio Soninho, água maravilhosa, tinha um pessoal da Tia Augusta kkk fazendo acampamento com ônibus, barracas e tudo mais, pessoal de Brasília, visitaram todos os pontos da região “de ônibus”, uma senhora nos informou que a queda da Cachoeira da Fumaça ficava mais dentro do mato e não onde havíamos passado, não há nenhuma placa ou informação deste detalhe. Seguimos um pouco mais adiante na estrada e encontramos umas quedas maravilhosas da Cachoeira do Soninho, visual maravilhoso.
Retornamos até a Cachoeira da Fumaça e aí sim, vista panorâmica, linda, maravilhosa, aproveitamos e fizemos nosso primeiro almoço às margens da Cachoeira da Fumaça.
Saímos às 16:46hs rumo à Natividade. Chegamos por volta das 19:00hs, cidade escura, com 3 hotéis e dois deles precários, ficamos no melhorzinho, Hotel Serra Geral, acomodações simples, café fraquinho, tinha uma bisnaguinha que devia estar fazendo níver de tão dura que era kkkk, pagamos R$ 71,00 por quarto, isso depois de todos os homens do grupo chorarem muito pra tiazinha baixar os preços kkk.
A cidade não traz nenhuma atração, existe a Ruína da Igreja da Matriz, construção do século XVIII e só, quero dizer o que tem de demais lá é o vento, venta forte o tempo todo, não vale a pena ser visitada.

15/07/2008
08:50 – saímos do hotel
10:04 – saímos da Ruína – Natividade – TO
16:00 – chegamos em Ponte Alta – TO

Saímos de Natividade sentido Pedra Furada, rodamos muito em meio à vegetação seca, muitas queimadas, estrada já com um grau mais alto de dificuldade, em alguns pontos a areia segura o carro, mas nada que forçasse muito, neste trecho já sentimos o clima do sertão, sol forte, nenhuma sombra, a vegetação é baixa e pobre, retorcida, não tem pra onde fugir, rodamos acho que uns 60 km até chegar na Pedra Furada, elá está lá, imponente no meio do nada, e? Será que é “só” isso? Kkkk, um calor do cão, mutucas por todo lado, não tem um riozinho, só vento, e dá-lhe mutuca kkkk. Pelo lado de traz da pedra sai uma arara voando, estava brava, acho que se assustou com nossa bagunça e saiu do ninho, voou pra longe e voltou gritando, concordamos em seguir viagem assim daríamos sossego pra coitadinha. Voltamos 60 km kkkk pegamos a estrada e chegamos em Ponte Alta mortos de fome, encontramos um restaurante e aguardamos até que fizessem um pouco mais de comida para nos servir. Almoçamos, pegamos orientações de passeios, ficamos olhando os meninos pularem de um trampolim da Ponte dentro do Rio que é fundo pra caramba e descansando sentados na calçada do restaurante, eita dia doido, saímos de Natividade que não é legal, visitamos a Pedra Furada que o nome cai muito bem, passeio furado kkkk e chegamos em Ponte Alta que também não tem nada.
Dormimos no Hotel Beira Rio, acomodações simples, café da manhã melhor que em Natividade, café, leite, pão com margarina e “bolos típicos da região”, tava baaaaão (R$ 20,00 por pessoa).
Rodamos 186 km neste dia.

16/07/2008
09:25 – saímos do hotel
10:00 – Gruta do Sussuapara
- Cachoeira do Lajeado
- Lagoa Azul
- Cachoeira da Velha
16:00- Prainha da Cachoeira

Saindo do hotel fizemos compras no mercado, abastecemos, compramos alguns artesanatos de capim dourado e seguimos para a primeira atração, Gruta do Sussuapara, é um cânion, descemos por um caminho até seu interior, tem um riozinho de água correndo no fundo e muita água escorrendo pelas raízes expostas que caem do alto em suas laterais, é um lugar muito bonito, fresquinho, gostoso, passando pela estrada nem dá para acreditar que ele existe ali tão pertinho. Ficamos um tempo e seguimos para a Cachoeira do Lajeado, linda também, as placas de pedras vão formando degraus por onde descemos até sua piscina, água “gelada” e límpida como todas as outras. Nadamos, brincamos, ficamos roxos de frio kkk e voltamos, até pensamos em fazer o almoço ali, mas só em pensar em desmontar todos os carros, resolvemos que seria melhor seguir logo o caminho para desmontar uma vez só.
Seguindo para a Cachoeira da Velha, no caminho vimos uma placa indicando a Lagoa Azul, fomos conferir e também não vale à pena, é uma lagoa simples que fica nas propriedades de um padre que mal aparece lá, moradores pretendem formar um pesqueiro neste local para atrair mais turistas e render algum trocado.
Chegando na Cachoeira da Velha estacionamos os carros e descemos até ela por um pontilhão em zigue-zague, debaixo de um sol de lascar, fomos caminhando. Não se pode chegar até ela, temos que admirá-la de um mirante, suas águas são maravilhosas, límpidas, e com uma força magnífica, várias quedas, o vapor da água batendo em nossos rostos é divino, muito linda. Seguindo por um caminho a pé de 1km ou voltando com os carros por uma estrada chegamos na prainha da cachoeira (Rio Novo), também temos que estacionar os carros, descer uma “enorme” escada de madeira com três lances em degraus e chegamos num paraíso, haviam campistas neste local.
O lugar é divino, apesar do sufoco de subir e descer escadas vale a pena. Descemos um mundaréu de coisas kkkk, armamos as barracas, acendemos fogueiras, fizemos “janta” e admiramos o lindo luar do sertão (noite de lua cheia), papeamos um pouco à beira da fogueira e luz da lua e fizemos nosso primeiro pernoite na barraca.
Aquela história de muito calor de dia e muito frio à noite só percebi neste local, de madrugada precisei pegar mais cobertor, pois entrava um ventinho pela barraca que não nos deixava dormir, mas não achei nada tão diferente aqui de Sampa, tudo bem que moro às margens da represa Guarapiranga, meu clima é diferente da maioria de vcs.

17/07/2008
Acordamos com um lindo dia de sol, fizemos um big café da manhã, muito melhor que o dos últimos hotéis e ficamos à beira d’água papeando, brincando e aproveitando aquele momento único em meio à natureza maravilhosa, de vez em quando batendo nas mutucas que em nenhum momento nos abandonam, elas não entendem que usamos repelentes, que tomamos complexo B, o coitado do Marcelo já estava manchando as camisetas de suor amarelo por causa do complexo B e as mutucas nem ai, fizeram a festa nele. Kkkk
Brigando com borrachudos, mutucas e pólvoras, kkkk, fizemos nosso almoço e levantamos acampamento, ai que tristeza levar toda aquela tralha morro acima, kkkk.
Saímos por volta das 14:30hs sentido Mateiros.
No caminho encontramos a Duna do Jalapão, já fim de tarde, o sol se pondo e a lua nascendo, tem que pagar taxa de R$ 5,00 por pessoa, um rapaz abre a porteira e entramos por uma estradinha de areia alta, só 4x4 passa, João e Tropeço foram à frente, Possato e Prego atrás, num determinado ponto encontramos uma L200 enroscada e veio o aviso pelo rádio que o Prego também entalou, o Possato ficou para ajudá-lo e nós fomos ajudar a L200, nem eles nem a outra camionete que os acompanhavam tinha cinta, anilha, corda ou qualquer outro objeto que os tirasse de lá. Empurra, chacoalha e nada, o jeito foi pegar a cinta, pronto um puxãozinho e liberou do enrosco. O Prego ainda estava entalado, oferecemos ajuda pelo rádio, mas o Possato resolveu o problema sozinho, aí corrida contra o sol, chegamos na duna já anoitecendo, tudo bem que a lua estava “escandalosa”, mas para captar imagens com a câmera precisa de mais luz e o tempo foi curto, quase não registramos nada, mas o visual é fantástico, lindo, mas menos do que esperávamos, a Duna é “pequena”, ao fundo a Serra do Espírito Santo vai se desmanchando e fazendo nascer aquela montanha de areia grossa vermelha, ficamos como crianças num play ground, correndo daqui pra lá tentando aproveitar o máximo aquele momento maravilhoso.

Chegamos em Mateiros e surpresa, as pousadas (são bastante) estavam lotadas.
Saímos pelas ruas procurando opções e encontramos a Vereda Tropical da Dona Bibi, local simples, mas bastante acolhedor, a Dona Bibi é uma figura, doida por dindin kkkk, pedimos e ela providenciou um jantar pra gente, arroz, feijão, carne em pedaços frita e salada de alface e tomate, o famoso “comercial”.
Pelo que é oferecido é caro R$ 120,00 o quarto, ela fez R$ 40,00 por pessoa, a refeição é R$ 15,00 por pessoa independente do que tem para comer, tudo bem que parecíamos um bando de gafanhotos kkkkkk.

18/07/2008
Saímos do hotel e fomos às compras, mercado, água, combustível, artesanato de capim dourado.
Conseguimos sair da cidade por volta das 10:30hs, seguimos para a Cachoeira do Formiga com orientação de procurar o Camping do Vicente.
Chegamos a Cachoeira do Formiga e que maravilha, linda, mas antes de fechar fomos averiguar o camping que Dona Bibi indicou. O local é bonito também, ao fundo passa o Rio Formiga, correndo por cima de areias branquinhas o que nos faz ver até as raízes do mato em suas margens, mas tem muita “mutuca”, dá até tristeza, ficamos nos estapeando o tempo todo.
Voltamos e nos instalamos no Camping da Cachoeira do Formiga. Armamos barracas, fizemos um rango e fomos brincar nas lindas águas da Cachoeira kkkk.
À noite enquanto papeávamos, um grupo de estudantes da UFTO, foram nos pedir para levá-los até Mumbuca, eles foram deixados lá para fazer pesquisas com campistas (João atendeu-os) e não voltaram para pegá-los às 17:00hs conforme combinaram, já eram mais de 20:00hs e eles estavam preocupados. João com a Hilux e Possato e Prego com o Troller foram levá-los, souberam no caminho que a Toy que os pegaria estava atolada na beira de um rio kms para a frente, o motorista da Toy voltou até Mumbuca à pé para pedir ajuda e estavam voltando para tentar puxá-la (soubemos depois que no dia seguinte tiveram que pedir ajuda de um trator em Mateiros para arrancá-la do atoleiro). João e Possato levaram os estudantes até Mumbuca e voltaram, dormimos bem esta noite.

19/07/2008
Acordamos tomamos nosso café maravilhoso e fomos até Mumbuca, um antigo Quilombo se formou na Comunidade de Mumbuca, casas de barro cobertas com palha de buriti, local sobrevive do artesanato do capim dourado, tem um trabalho muito bonito com as crianças, chama-se Casinha da Árvore, lá as cçs têm reforço escolar, incentivo à leitura, ganharam vários livros e montaram uma biblioteca, fazem pintura, artesanato, e aulas de canto.
Para resgatar as raízes, eles estão seguindo orientação dos mais idosos e estão montando dicionário de línguas e de ervas medicinais utilizados pelos seus antecedentes. Distribui doces e brinquedos que levei justamente para esse fim e fui presenteada com uma canção linda, a recepção dos moradores é maravilhosa.
Quando nada se espera de um povo que parece não se importar com nada, surge uma luzinha fraquinha que ilumina todo um ser, mostrando que enquanto há vida há esperança, muitos seres só precisam que se mostre o caminho, o resto a alegria de viver se encarrega de levar adiante, isso é o que acontece naquela comunidade longe de tudo e de todos.
Fiquei papeando com moradores, com as cçs, com a professora, fizemos compras de artesanato de capim dourado kkk e seguimos para o Fervedouro I (R$ 5,00 por pessoa).
O lugar por si só já é lindo, uma piscina no meio de bananeiras, pequenina aconchegante, fomos informados que só pode entrar 8 pessoas por vez, fui andando naquela água tranqüila e de repente cadê o chão? Ai que coisa, primeiro ruin, depois maravilhosa, não tem como explicar, vc fica batendo os pés, sentindo a areia passar pelas suas pernas e pés, não afunda e nada, vamos andando na areia e de repente some tudo, é só alegria, ficamos um bom tempo ali e decidimos ir no outro fervedouro também.
Mais R$ 5,00 por pessoa, este pertence ao Korubo, uma empresa que faz turismo com um caminhão pelo Jalapão, pode-se reservar os passeios aqui por Sampa.
Este segundo é bem maior, entramos todos juntos e ficamos brincando um tempão.
Disseram que esta época é a mais visitada e em todos os lugares que fomos ficamos bem a vontade, quando tinha mais gente era por pouco tempo e ficamos sós novamente, até o Camping foi só nosso.
Saímos do fervedouro de corpo e alma lavados kkkkk, mas voltamos para a Cachoeira do Formiga brincar mais um pouco naquelas águas maravilhosas.

20/07/2008
Outra noite tranqüila e hora de levantar acampamento, tomamos nosso café e desmontamos tudo, arrumamos os carros e seguimos para Mateiros novamente, avisamos Dona Bibi que dormiríamos ali e seguimos para as Dunas, queríamos ver aquela maravilha mais uma vez e agora durante o dia.
No caminho o Tropeço achou melhor começar a subir a Serra do Espírito Santo enquanto íamos à duna, fomos informados que de trilha e subida da serra são 900 mts, no topo caminha-se mais 3Km até o mirante onde se avista a duna do alto, MARAVILHOSO foi o que nos disseram.
Tropeço e equipe Papaléguas começaram a subida, os outros seguiram para a duna.
Sol das 13:00hs, estaciona-se os carros e faz uma longa caminhada até a duna, sobe aquele monte de areia escaldante e, que maravilha, visual fantástico, lindo, compensa todo aquele esforço, são momentos únicos, ao longe vemos a serra que teríamos que subir na volta, mais uns olhares e voltamos, pegamos os carros e seguimos para o maravilhoso mirante.
Qdo deixamos o Tropeço o caminhão do Korubo estava lá, nos informou que o passeio leva +- 03:00hs entre ir e voltar, já eram 15:00hs, resolvemos nos apressar para tentar descer antes do anoitecer.
Quase sem ar depois de uma hora de subida braba cheguei ao topo, deitei no chão e esperei o coração voltar pro lugar kkkkk, Edu e Marcelo chegaram também, descansaram e seguimos os 3 kms até o mirante.
No caminho encontramos Tropeço e equipe voltando, quase chegando ao mirante, Possato, Tê, e depois Prego e Sandra também voltando. Com muita coragem e vontade fomos até o fim, é bonito, mas não iria se soubesse antes como era kkkkk.
Ficamos um tempo e voltamos com medo do escurecer, do alto vê-se os carros miudinhos lá embaixo, começamos a descida e chegamos por volta das 18:00hs, realmente leva em média 3 horas este passeio.
Voltamos para Mateiros e dormimos na pousada Vereda Tropical.

21/07/2008
8:56 – saímos do hotel
Fizemos compras de artesanato de capim dourado kkkk, abastecemos e seguimos para Dianópolis. Fizemos outro caminho pra voltar e passamos por Garganta, fica na divisa de TO x BA, o lugar é lindo, um cânion gigantesco à beira da estrada, tiramos fotos e seguimos nosso caminho.
Chegamos em Dianópolis por volta das 13:00hs, abastecemos, almoçamos e seguimos para Alto Paraíso de Goiás, queríamos conhecer a Chapada dos Veadeiros, já que estávamos tão perto por que não?
A viagem foi tranqüila e chegamos em Alto Paraíso de Goiás às 20:00hs, nos hospedamos na Pousada Menina Lua, ótimas acomodações, café muito gostoso (R$ 30,00 por pessoa)
No dia seguinte fomos para o Parque já com o guia contratado na pousada, na vila compramos lanches e começamos a trilha no parque às 11:00hs, fizemos uma caminhada segundo o guia, de 15 km debaixo de um sol rachante kkkk, vegetação seca e pobre, sem sombra, kkkk.
Chegamos nos circuitos das águas e bora caminhar pra dar tempo de ver tudo. Guia “mó acelerado” kkkk.

Analisando com calma o lugar também é lindo, existem duas trilhas no parque, fizemos a primeira do cânion num dia e a outra das cachoeiras faríamos no outro dia, mas resolvemos voltar, já havíamos visto bastante cachoeiras, temos o cerrado gravado em nossas memórias e o celular do João começou a cobrá-lo.
Tropeço resolveu passar uns dias em Rio Quente, Possato e Prego continuaram na cidade para ver mais um pouco as maravilhas do lugar, visitaram a Cachoeira dos Couros o Vale da Lua e a trilha das cachoeiras no parque, andaram +- 45 KM a pé, ufa ainda bem que vim embora kkkkkk.

Diversos:
Rodamos 4.658 Km ao todo
Gastamos durante a viagem com alimentação, combustível, pedágios, passeios, lembrancinhas e etc +- R$ 4.000,00 (em 4 pessoas), não achei caro, esperava gastar mais.

Estradas:
Se Sampa a Dianópolis – Asfalto - tudo tranqüilo, até as de pista simples foram bem
De Dianópolis em diante estradas de terra, na maioria tranqüila nada de extraordinário, a poeira realmente é forte, um talco, nem dá pra ficar fora do veículo pra filmar/fotografar, tem-se que dar uma distancia bem longa um do outro pra esperar a poeira baixar e conseguir enxergar a estrada.
Para visitar os pontos turísticos saímos da estrada e os caminhos são todos em areia fofa precisa de 4x4, praticamente todos teêm abortos pois a areia faz facões fundos e realmente fica difícil pilotar ainda mais quando se está a Kms de casa no meio do nada, todo cuidado é pouco.
A estrada de Ponte Alta até Mateiros é terrível, costelas o tempo todo e em vários pontos uns tancões de areia aparecem no meio da estrada, não é aconselhável correr pode-se perder o controle da viatura facilmente.

Hotéis:
Na maioria não são ruins, são é com poucas acomodações, como viajamos em grupo chega um ponto que um quarto é melhor que outro e não dá pra satisfazer todo mundo, mas aparentemente não tivemos problemas.

Camping:
Dormimos em barracas 3 noites, 1 na prainha da Cachoeira da Velha e 2 na Cachoeira do Formiga, em ambos os casos nosso banheiro foi a mata. Muitos borrachudos e não adiantam os repelentes, criança alérgica é até perigoso.
Nos saímos muito bem com a alimentação, fomos bem preparados e sobrou muita comida, parte dela distribuímos pelo caminho.

Pontos visitados:
As cachoeiras Fumaça, Soninho, Lageado, Velha, Formiga são lindas, águas maravilhosas.

Gruta Sussuapara – linda.

Pedra furada – achei muito longe e sem muito atrativo, chega olha e vai embora, não
aconselho.

Lagoa Azul – uma lagoa bonita, mas nada pra fazer.

Fervedouro – maravilhoso, único, um paraíso.

Duna – Linda, uma única duna bem alta, areia grossa e vermelha, realmente bonito de ver, porém esperava mais.

Serra do Espírito Santo – uma caminhada e tanto, 900 mts de subida íngrime, 3 km até o mirante, quase 8 km ida e volta,não tem sombra, tem que ser na sola e embaixo do sol escaldante, o mirante é bonito, mas depois do sofrimento kkkk sou suspeita pra falar.

Dianópolis – cidade tranqüila igual a todas outras sem novidades.

Rio da Conceição – o cemitério é na praça de entrada kkkk, muito louco chegar e deparar com 3 túmulos logo na chegada, estão construindo um cemitério novo, também na entrada da cidade kkk.

Ponte Alta – cidade sossegada, tranqüila, por ter o rio como atrativo em época de férias são esperados muitos turistas que ficam as margens do rio na prainha aproveitando as maravilhas do lugar (?) kkk. Haviam barracas montadas na praia, acontecem shows aos finais de semana.

Natividade – chegando à cidade deparamos com a parte nova, casas normais, hotéis, mercados e afins, seguindo a rua principal, acho que só tem uma kkk, chegamos na parte alta, velha onde tem a ruína da igreja. Os casarios foram tombados patrimônio histórico. O vento corre dia e noite, disseram que à tarde é pior, nos corredores do hotel ouve-se o uivo do vento.
Resumindo, não tem nada pra ver kkkk.

Mateiros – a exemplo de Natividade não tem nada pra ver/fazer, as ruas são de terra, tem vários hotéis, alguns mercadinhos, mas o que falta mesmo é alimento, tudo vem de longe e qdo acaba fica sem até o outro transporte, foi o caso da carne, acabou na cidade e não tem o que fazer, Dona Bibi disse que só chegaria na terça ou quarta-feira (nos informou no domingo). O preço também é bem alto comparado com outros lugares, mas não achei nada exorbitante.

Mumbuca – vilarejo formado por algumas casas de barro e cobertas com palha de buriti, aparentemente todos moradores são parentes, muitas crianças, as mulheres sustentam a família com artesanato de capim dourado, os homens (?), ah, eles fazem filhos. Para variar tem uma igreja evangélica, construída de tijolos, rebocada, com telhas e muito bem pintada, as mulheres devem também sustentar a igreja.

Não há plantação de nada, a terra é ruim, o clima é muito quente, o povo é bem devagar, segundo Dona Bibi são muito preguiçosos, ninguém quer trabalhar.

Nas cidades percebemos pobreza, mas não miséria, mas no sertaosão dá um nó na garganta ver as crianças nuas, sujas, magrinhas brincando com sabugos de milho, numa casa tinham 6 crianças, acho que 1 nascimento por ano, uma escadinha, vê-se de longe a falta de tudo, mas não tem muitos casos à beira da estrada, dá até medo pensar nos que estão mais afastados, se é que há.

Em várias cidades que passamos vimos o trabalho do governo na construção de casas populares no intuito de acabar com o bicho barbeiro que causa a doença de chagas.

Não há muita fauna, vimos muitos gaviões, lagartinhos bem pequeninos, uma coruja na toca, até rimos muito, todos que passavam fotografavam-na e ela lá parada parecia empalhada kkkk, vimos um bando de macacos cruzando a estrada, mas não consegui fazer nenhuma foto, ah tem muito gafanhoto sarado kkkk, gigantes pra falar a verdade, em vários trechos eles apareceram, uma arara na pedra furada e uma siriema cruzou a estrada.
No camping da cachoeira do formiga eles criam 2 papagaios, mas rodando pelas estradas nem pássaros nós vemos.

Flora, o cerrado é muito triste de ver, árvores pequenas, retorcidas, secas e espinhentas, mas tem uma variedade enorme de flores, no meio da mata queimada sai um lindo botão de flor, várias cores e formatos, as sempre vivas aparecem em todo canto, bouquets brancos e maravilhosos no meio do nada. Não é época do capim dourado, então só o conhecemos no artesanato, mas disseram que de setembro em diante eles se espalham pelas veredas trazendo felicidade à todos que dependem dele pra sobreviver.

Um sonho realizado, uma missão cumprida e muita história pra contar.

Fotos.: http://picasaweb.google.com.br/marciacolevati/ExpediOJalapO2008
De Expedição Jalapão 2008.


[]s

Márcia Colevati
“Não há luar, oh gente oh não como este do sertão”

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Trilha da Patroa - Resultado

Conseguimos com a Trilha da Patroa a Ação recorde de 1524 fraldas, no início queríamos atingir 600 peças que é a necessidade mensal da casa, mas com a generosidade de toda galera conseguimos abastecer o Lar por mais de 2 meses.

A Campanha do Agasalho 2008 também beneficiou este Lar, foram doados 15 cobertores que chegaram em boa hora.

Asilo Morada do Sol

O Lar fica na Estrada de Marsilac 151 em Parelheiros -SP, existe há 05 anos e hoje cuida de 15 idosos ou portadores de deficiências psíquicas e físicas.

O Lar sobrevive da aposentadoria de seus moradores e doações da comunidade.

É administrado pela Sra Raimunda do Espírito Santo que nos confidenciou, os moradores do Lar na maioria tem família, mas devido aos problemas que passam são encaminhados para lá por não terem quem cuide deles. Os familiares dificilmente voltam para visitá-los.

As condições são precárias, mas AMÉM que existe alguém que se prontifica e cuidar de pessoas com tantas necessidades.


Moram no Lar:

Francisca – 77 anos – problemas psíquicos
Jacira – 48 anos – AVC
Marivanda – 50 anos – problemas psíquicos
Maria Izidora – 80 anos – tem perna e alguns dedos da mão amputados
Neide – 46 anos – é deficiente visual
Cida – 52 anos – sofre o Mal de Parkinson
Carlos Jaime – 66 anos – problemas psíquicos
Carlos Idemi – 52 anos – problemas psíquicos
Sérgio Akira – 33 anos – esquizofrênico
Amaro – 56 anos – problemas psíquicos
Osperino – 68 anos – perna amputada
Flávio – 63 anos – problemas psíquicos
Augustinho – 56 anos – AVC
Agnelo – 80 anos
José Ângelo – 50 anos – problema - faz hemodiálise 3 vezes por semana

Fotos de Márcia e Iza (juntei todas num álbum só)

Asilo Morada do Sol

domingo, 22 de junho de 2008

IV Trilha das Patroas - 22/06/08

DIÁRIO DE BORDO

TRILHA DA PATROA – SÃO LOURENÇO DA SERRA – SP - 22/06/2008

PARTICIPANTES:
Andressa, Angela, Bruna, Cristal, Dani, Dori, Erica, Fernanda, Iza, Joice, Kika, Leila, Lígia, Mara, Márcia, Nana, Renata, Renata, RO, Sheila, Sil, Sil A2, Sônia, Valéria, Vanessa, Vivi, Viviane, Maria Eduarda, Bia, Laura, Nicole, Carol, Paulinha, Bárbara, Mâma, Letícia, Marina e Bia.


A Ação tinha como pano de fundo arrecadar fraldas para o Asilo Morada do Sol, um local bastante carente que é mantido com a aposentadoria dos avozinhos que moram lá. Coragem e determinação são o que move algumas pessoas a trabalhar neste ambiente que a primeira vista é triste, mas olhando bem de perto reflete a nossa realidade.
Tristeza é para quem não quer sorrir, e lá o que não falta e gente com vontade de ser feliz!

O Frio e a chuva esperados para este dia não afugentou as guerreiras patroas que se prepararam para mostrar o seu lado piloto. Somos Divas e por isso sempre estamos com chofer a nos guiar por aonde quer vamos.

Este esporte sempre marcado por ser rude sujo e machista não esperava tantas adesões, tivemos 41 viaturas inscritas e 34 efetivamente participantes. Logo na recepção as valentes pilotas assumiram a direção da viatura e seguiram para São Lourenço da Serra para iniciar a trilha.

Fiz um convite pra mulherada irem vestidas de Ladies, mas a grande maioria ainda tímida prefere usar o jeans e camiseta de sempre, disseram estar cansadas da roupa do dia-dia, ou que iriam sujar de barro, ou que salto alto não combina com jipe, as desculpas foram tantas que não dá pra relatar todas, mas uma Diva chegou maravilhosa com saia de tafetá rosa toda bordada, chapéu e salto alto, Doriana ainda levou os dois filhos pequenos e um marido com o pé engessado, essa encarou todas as pedras que estavam em seu caminho.

O comboio seguiu pela BR 116, entrou em São Lourenço da Serra, cortou a cidade e entrou na trilha sem nenhum problema, por onde passávamos todos olhavam pra ver a mulherada ao volante.

Os companheiros preocupados com a VIATURA não paravam de orientar, dar dicas e broncas, kkk, Ah se tivéssemos como gravar tudo que foi dito dentro de cada viatura.

O percurso é muito gostoso, passa por vários atoleiros leves e algumas subidas com erosões que estavam bem lisas por causa das chuvas da última semana. No rádio PX e PY só os companheiros falavam, as patroas estavam ocupadas demais dirigindo e tendo a maior atenção para que tudo corresse bem afinal não queríamos falação para o resto do ano. Kkkkk

Algumas patroas amarelaram e passou o volante, outras não agüentaram o tranco da direção não hidráulica, mas a grande maioria nem queria descer da viatura nos pontos de descanso com medo de perderem o brinquedo.

Companheiro dirigindo significa ter que usar peruca e não é que teve gente que aproveitou essa chance pra soltar o EU escondido no canto do armário, kkkk. O Sr Reinaldo um senhor de 70 anos estava maravilhado usando uma peruca topetuda parecendo o Elvis Presley, kkk, o nosso colega Inácio levou vestido e um chapéu de plumas lilás, sei não, mas a patroa dele vai ter problema esta semana, kkk, o Flávio Miranda usou uma peruquinha brilhante, estava meio tímido mas eu registrei esse momento. Teve também outro colega, acho que foi o Glauber, tava todo faceiro com sua perucona rosa.

Trilha tranqüila não teve baixa, só uma troca de pneus do CJ Brutus pilotado pelo Édson e uma “encostadinha” no Samuca do Téo, a Vanessa pilotando um JPX não achou freio e encostou a grande nave no ponto de ancoragem do Samuca, mulher porreta é assim, mesmo sem freio conseguiu desviar e não estragou nada em nenhuma das viaturas.

Trilha terminada fizemos um big churras (Para alegria do nosso amigo C2) no sítio do Fernando do Grupo Perdidos na Mata, com tanta gente achei que ia dar problemas, mas que nada, um monte de churrasqueiras saíram das viaturas, segundo nosso amigo João Chikui teve até churrasqueira Gengiscan, Uezo quem levou. Carne, queijo, pães, uma lingüiça ardida e outra pior ainda kkk e muuuuuuuuuuuuuuuuuito leguminho da nossa amiguinha Dori, ela cuida do nosso planeta, evita comer carne para que não se criem gado, pois esses colaboram para o aquecimento global ou efeito estufa. Pesquisem a respeito e entendam o por quê.

Saldo fantástico desta trilha: 1.426 fraldas arrecadadas, nossa primeira intenção era conseguir 600 peças para abastecer o Asilo por um mês, conseguimos o suficiente para mais de 2 meses. O dia que prometia frio e chuva foi driblado e tivemos um lindo dia seco, tivemos também um grande número de participação, tivemos nossa lista de amizades aumentada e é claro tivemos a certeza que a mulherada manda bem pra caramba. Gostamos e queremos mais!

FOTOS MÁRCIA:
Trilha das Patroas - 22/06/08



FOTOS GASPAR:

TRILHA DAS PATROAS - DATA 22/6 - DOMINGO


Se faltou algum nome, por favor me avise para eu completar, mandem mais fotos.

Márcia Colevati
marciacolevati@uol.com.br

quinta-feira, 19 de junho de 2008

"FESTANÇA CAIPIRA" no Sítio Agar 28/06

28/06/08 - Festança Caipira no Sítio Agar – www.sitioagar.com.br

Conforme nosso calendário dia 28 tem encontro marcado no Orfanato Sítio Agar, as crianças estão à nossa espera.

Quer participar?

Quer fazer doação?

Entre em contato.: estilo4x4@yahoogrupos.com.br

Revista 4x4 & Cia 06/08


sábado, 14 de junho de 2008

CAVALO MORTO e ARANHAS !!!! 14/06/2008

Relato Gataa

Gente boa!!!! Desculpe não conseguir fazer logo pelo menos um "relatinho", o Gatoo está fora a semana toda, final de semestre dos meninos e o Lucas vai ter que fazer a cirurgia novamente. Tô pirandoooo, aliás, como já está QUASE nas férias escolares, nesta quarta irei com os meninos na Band.
Vamos lá:
1º - Glauco me perdoa, eu acho que nós é que saímos na hora certa, era tarde, bem maiiiiis tarde, só que um ESPETÁCULO (Sil..);
2º - Para o Adalberto: Quando eu e o Gatoo ficamos rodando mais de 2 horas e o GPS marcando no máximo 200 mts de distância do grupo, nós olhamos um para o outro: - Não adianta MESMO, toda vez que se decide fazer MAIS uma trilha, dá M e depende do ponto de vista de cada um, pode ser de MARAVILHOSOOOOOO.
Gostaria também, de apresentar à voces algumas PÉROLAS de trilhas:
- "Gente!! Liga a roda da liga leve (Agente 99);
- "Pessoal!! Olha o tamanho desse BRURACO (Pedrão);
- "Óhh, hoje o meu pai tá sem BROQUEIO (Minhóca). Conseguem imaginar o Espião sem broqueio. SEEEEGUUUURA PIÃÃÃOOOO!!
- O experiente C3 e todo o grupo (menos o Lalá) não aguentava mais ouvir as "atuais" músicas do Lalá e ele próprio diz para o Dudú: - Vê se escolhe um CD aí, com músicas um POUCO mais DECENTES.
PARABÉNS: Todos os menores de idade, sem excluir nenhum dos nossos MENINOS, trabalharam muuuuito, aliás, se as fotos forem parar em lugar errado, "é trabalho escravo". O espiãozinho inclusive se destacou, uma graça.
Eu e o Gatoo infelizmente não conseguimos TRILHAR todo o percurso e segundo depoimentos de todo o pessoal (de madrugada), vale a pena TUDO de novo. Gargalhamos muuuito, nos divertimos prá valer, foi fantástica essa trilha.
TOMBOS: Se houve alguém que não caiu, pode ter certeza que houve gente que caiu, UMA, DUAS, TRES e .....era cada tombaço.
Eu, o Gatoo, o G1 e o G2, ralados, doloridos e FELIZES.
Lalá, arrebentado, roxo e a Ana dançando "ADO ADO ADO, CADA UM NO SEU QUADRADO", sabe porquê???? A Agente 99 não parava de dançar e com coreografia, só que depois que ficou "DEIXA QUE EU CHUTO", só levantava as mãozinhas, né Veróca??
SINCERAMENTE AMIGOS: "ESTAMOS FELIZES DA VIDA".
FOOOOOIIIIII 1000.......
Bjs
GATAA




Relato Betão

Meninos e Meninas,

Dia Maravilhoso com Trilhazinha, simplesmente demaaaiiiisss.

7 viaturas(Betão, Gatoo, Pedrão, Lalá, Glauco, Espião, C1/C3) no posto combinado, saímos para Trilha por volta das 8:40 as nove já estávamos começando. Logo no primeiro buraco muita emoção, pois apesar da estar quase seco, está muito fundo e a entrada em curva quase tomba o jipe (e nas próximas chuvas o mesmo acaba de desmoronar e, portanto acho que não passa mais), todos trabalhados em equipe passam um, dois e logo todos passaram.
Mais atoleiros e arvores caídas pela trilha corta daqui, puxa ali, quando vimos era 12:00hs e tínhamos acabado, muito cedo o que fazer? Lembrei de uma decida em erosão que começa numas torres, decidimos e fomos, no meio desta decida num lugar plano coberto de arvores paramos e fizemos o Churras, ficamos ali dando risada até umas 15:30, e terminamos a decida por volta das 16:00, grupo reunido uns olham pra outros e surge a palavra mágica, PO AINDA TA CEDO (ai a merda tava feita), o grupo se dividiu, C1/C3, Glauco e Pedrão votaram. Betão, Gatoo, Espião e Lalá, mais trilha, resolveram descer pro outro lado das torres, conclusão o Espião descobriu que era a Trilha das Aranhas, uma decida em erosão brava. Entramos na Trilha era 17:00hs já escurecendo, Eu na frente com meu super Zeca Lucas Gatooo, Lalá, Espião e Gatooo fechando.
Só pra resumir:
- Gatoo na primeira erosão tombou a Hebe de frente, tiramos e decidimos que seria melhor ele dar a volta e nos esperar na saída;
- Segunda merda: "(Betão:) vamos voltar"; "(Lalá e Espião:) não, vai dar muito trabalho retornar, olha o tamanho das erosões que já passamos, não pode estar pior lá pra baixo"(e tava e muito)
- Descendo já no escuro, muito lentamente dentro de uma erosão que engolia o jipe.
- Alternador do Lalá pifou, e sem bateria o Troller não funciona, inverte com a bateria de caminhão do Espião adapta e segue;
- Espião tomba numa erosão, puxa, tira continua;
- Gatooo perdido não achava aonde a trilha saia;
- Faltando uns 100 metros para sair da trilha escutei carros na pista, desci a pé e consegui localizar o Gatoo;
- Neste ínterim, Lucas Gatoo assumiu o volante da Chaleira e terminou de descê-la (fica aqui meus agradecimentos, pois já tava sem forças e com a bunda doendo de um tombo);
- daqui a pouco saiu o Lalá e logo o Espião (este último trecho sempre ancorado um no outro, senão tombava pra frente e o espião com o guincho atrás ancorando em árvores)
- isto era por volta das 23:30hs
- Apesar de todos estarem extremamente cansados e quebrados, ficamos muito felizes
- por fim ainda quebrou o carro do Espião e vim puxando até sua casa;

Eu cheguei em casa eram 02:30.

Só como observação: Esta trilha não é para se fazer a noite, foi uma Loucura, graças a Deus todos saíram bem, só com pequenos machucados, entorses etc


Betão

segunda-feira, 9 de junho de 2008

II-DIA NACIONAL DA PRESERVAÇÃO DE TRILHAS (PRAIA BRAVA)

DIÁRIO DE BORDO

Limpa Trilhas – Praia Brava – 07-06-2008

INTEGRANTES:

Vitara Chapolim – João, Márcia, Flávio, Paola, Bárbara e Junior

GV H.Roithman – Gaspar, Erica, Junior, Bruna e Marlene

Engesa Pirata – Prego, Sandra, Gio e Edu Colevati



II Dia Nacional de Limpeza e Preservação de Trilhas – Limpa Trilhas.
A Campanha consiste em vários grupos de Jeepeiros saírem numa mesma data para fazer uma trilha e aproveitar para fazer a limpeza recolhendo todo material (lixo) que encontrar, plantar árvores, sinalizar problemas nas trilhas, cadastrar famílias carentes para possíveis ações sociais posteriores e algumas ações que julgarem de necessidade, sempre lembrando de não alterar o meio ambiente, afinal a melhor ação a ser feita é deixar tudo o mais próximo do original, as vezes é melhor não fazer absolutamente nada, a própria natureza se encarrega de se reerguer.

Depois de meses se organizando, o Grupo Estilo 4x4 se juntou com a Ecotrip Expedições e foram fazer a faxina na Praia Brava, litoral norte, município de São Sebastião.

Partimos de Sampa na sexta a noite, queríamos entrar na trilha sábado bem cedo, sabíamos a encrenca que iríamos encontrar e resolvemos nos precaver. Conseguimos convencer 14 malucos a fazer uma trilha de 8 KM a pé recolhendo o lixo, plantando árvores e abrindo valas para escoamento das águas de chuva.

O grande dia!


Na primeira hora tomamos um café da manhã reforçado.



O dia estava bastante nublado, parecia que ia chover, mas resolvemos enfrentar assim mesmo.



Vestimos uniforme, pegamos mochilas com lanches e bebidas, sacos de lixo fornecidos pela empresa Qualix de São Paulo, 5 mudas de árvores doadas pelo Projeto Pomar também de São Paulo, faixa chamando a tenção para a Campanha doada pela SafeWay Consultoria e os adesivos doados pela .....


A primeira subidona nos prepara para um longo dia, terra lisa, pedras soltas e muitas erosões foi nosso cenário.


As três viaturas passaram por essa etapa sem problemas.

Na escadaria de pedras o guincho já foi solicitado.



A trilha vai bem tranquila neste primeiro trecho, ela é bem conservada pois existem moradores nesta região. Bem no topo um pouco antes da passagem de tubulações da Petrobrás, tem a moradia de um caseiro, as terras são de propriedade particular. Deixamos uma cesta de alimentos para essa família

Seguimos com as viaturas até as tubulações e fizemos uma pausa para apreciar a paisagem, tomar uma água e vejam, já existem placas chamando a atenção para se preservar

O terceiro obstáculo acredito ser o pior de todos, uma descida onde a erosão tomou conta de quase tudo, a terra é muito fofa, não temos ponto de ancoragem, e a viatura tem que entrar direto numa enorme vala, ficando totalmente de lado, a impressão que dá e que chegando neste ponto acabou a trilha.
Descemos o Chapolim só até uma altura para brincar, não tínhamos ponto de ancoragem, três viaturas e uma delas sem guincho. Brincar sim, mas sempre com muita consciência e segurança.



Esse mundo off-road é machista mesmo, disseram que o Chapolim era meu, então eu
que cuidasse dele.kkkk.

“Não contavam com a minha astúcia” kkkk


Deixamos as viaturas nesse ponto e continuamos a pé


Depois do divertimento, veio as obrigações, já na descida fizemos o plantio de 2 mudas

























Gaspar e João dando um trato nas erosões



















A trilha estava com pouco lixo, um saquinho aqui e outro ali, mas nada que justificasse essa ação, “ainda bem".





Esta linda imagem da praia esconde em sua cabeceira uma quantidade enorme de restos dos seres que se consideram humanos e que se pudéssemos os expulsaria deste planeta, pessoas assim não merecem a casa que têm, não é a toa que a prática de camping é mal vista por pessoas que realmente preservam a natureza.




Lixo, lixo
























e mais lixo, foi o que encontramos nesta paisagem














A catação foi geral, onde se olhava tinha um “laranjinha” abaixado.



Até brincaram que a cor da roupa lembrava uma empresa coletora de lixo aqui de Sampa.



Quer saber? Ficamos felizes em sermos comparados a esses profissionais da limpeza.




O povo da limpeza:























Até frenquentadores se juntaram a nós na catação.





















A subida agora era mais difícil, afinal estávamos com 11 sacos com lixo.



Se tivéssemos transporte teríamos retirado muito mais.









Mais mudas plantadas.
































Missão cumprida, hora de ir embora.
Noite caindo, o corpo cansado e uma longa trilha pra terminar.








O Chapolim, Noiva e Pirata voltaram cheios de sacos com o lixo recolhido.

A descida lisa nos proporcionou mais diversão e ficamos mais de uma hora enroscados.

O lixo foi depositado em container colocado estrategicamente na entrada da vila, justamente pra esse fim.

Obrigado a todos que dividiram este dia com a gente.
Trabalhamos como loucos, nos divertimos como crianças, e nos realizamos como gente grande, afinal poucos tiveram essa coragem!

“Nós encaramos e vc, amarelou?”

By
Márcia Colevati

sábado, 12 de abril de 2008

TRILHA DA SERRA DO JAPI - 12/04/2008

DIÁRIO DE BORDO SERRA DO JAPI

INTEGRANTES:
Engesa Chaleira - Beto, Rê, Pipe e Luka
Feroza Silver - Umberto e Eric
GV Noiva - Gaspar e Thiago
Rural Hebe - Gatô, Gatá, Lucas
Troller - C1, Leila e C4 Rodrigo
Troller KAMIKAZE - Zé Roberto
Troller Pomarola - Russo, C2, Sil A2 e Marina
Vitara Chapolin - João, Márcia e Junior
Vitara Pablito - Gaucho, Alexandre e Pedruca

Consegui chegar no horário e ninguém me zoou desta vez, kkkk.
Saímos do Posto e seguimos pela estrada até o pedágio onde fizemos a "primeira" parada para troca de pneu, um pneu furado e a Hebe teve que trocar o sapatinho.
Assim que entramos na cidade, paramos numa praça e enquanto aguardávamos o conserto do pneu da Hebe, nossos mecânicos de plantão consertavam o bico da injeção eletrônica da Chaleira, depois foi mangueira de não sei o quê que estava ressecada e rachada fazendo um belo chafariz no motor, foi bonito ver cada piloto correndo em suas viaturas e trazendo diversos tamanhos e espessuras de mangueira, kkkkk.
Não adianta sair cedo de casa só conseguimos entrar na trilha depois das 10:00hs mesmo kkkkk. O início da trilha já promete, as erosões estão bem fundas e mostra o que vamos encontrar pelo caminho.
O Chapolim começou com problema no rádio, depois passou a não ligar o motor, parecia motor de arranque, pois só pegava no tranco. IHHHHHHHHHHH.
O C1 foi abrindo caminho, desta vez a Rê não deixou o Beto ser "boi de piranha" kkkk. Estávamos em 9 viaturas e só pra passar o primeiro obstáculo foi um parto, vários colegas seguiram a pé na frente pra fazer um reconhecimento e voltaram desolados, com tantas erosões e em 9 viaturas seria inviável continuar, estávamos com crianças, a Hebe e o Chapolin com problemas, a decisão mais acertada era abortar.
Eu que já havia abortado o Rio do Ouro na semana anterior por problemas nas molas do Chapolim não me contive, "pedi" encarecidamente ao João para "tentarmos" seguir, sabia que o Chapolim não estava bem, mas se algum anjo topasse nos arrastar caso precisássemos, queria tentar continuar, afinal já estávamos ali e podíamos separar o grupo sem problemas, ambos estariam seguros e caso algum deles precisasse nos juntaríamos novamente para o bem estar de todos.
Gaspar topou na hora, ou melhor, acho que se eu não pedisse, ele pediria para seguir, kkk, acabou convencendo o Zé pois viu em seus olhinhos a vontade maluca de ir também, nem precisou insistir muito, kkk Umberto também aceitou a empreitada.
O Gaúcho estava babando de vontade de testar o Pablito, mas estava com o Pedruca e era melhor não arriscar, Betão, C1, Russo e Gato estavam com crianças e resolveram que seria mais seguro fazer outro caminho e aproveitar o dia apesar de as nuvens começarem a cobrir o céu prometendo chuva. Separamos os grupos, Chapolim, Noiva, Silver e KAMIKAZE seguiram a diante enfretando erosões e mais erosões.
Chaleira, Pablito, Hebe, Pomarola e Trolha voltaram e fizeram uma nova trilha passando pelo rio e fazendo um belo churras que pelas fotos deveria estar maravilhoso. Devemos lembrar que em todos os momentos tivemos plena consciência que deveríamos primar pela segurança, todos os passos foram devidamente estudados e só seguimos depois de ter certeza que tínhamos condições de continuar.
O Zé foi abrindo o caminho, o Kamikaze estava com pneus normais e penou bastante, mas nada segura esse nosso amigo. Avisamos que ele precisava ir "só no sapatinho", todo cuidado, pois a trilha está bastante técnica e qq deslize deixa a viatura completamente desgovernada, aí vai o Zé bem devagarzinho e de repente VRUMMMMMMMMMM, e tá o Zé de lado dentro da erosão, kkkkk, empurra, sacode, guincho e ele sai, feliz e contente com mais essa travessura, kkkkk.
A bravura do Zé e do Kamikaze nos deixa mais seguros para continuar apesar de não termos tido muitos problemas, como disse foi bem técnica, a viatura vai só até onde dá, pára, coloca cinta e puxa nada de tentar provar superioridade do veículo ou coisa parecida.
A Trilha praia Brava nos deu bastante experiência e o Gaspar tem feito cursos intensivos, então a coisa tá ficando perfeita. Aliás, o Gaspar parecia ter tomado chá de "gogumelos" kkkkk, o cara parece estar ligado no 220 V, pilota, sai e orienta onde é o melhor caminho, coloca cinta, puxa guincho, empurra, fala pra caramba o tempo todo e ainda pilota um TAXI em plena Serra do Japi, aiaiai, esse cara tá precisando casar, kkkkkkkkkkkkkkkkkkk.
E falando em fazer um monte de coisas ao mesmo tempo, acho que precisamos de Zecas, mas tem que treinar os caras, botar pra correr, kkkkkk. Foi uma doideira total ver João, Zé, Gaspar e Umberto assumindo vários postos toda hora, a trilha pesada, o tempo fechando, a hora passando, tudo fazia com que tentássemos fazer tudo o mais rápido possível.
Durante a trilha nem paramos pra lanchar, fui passando pão com meleca (cream cheese) kkkk, para cada um enquanto trabalhavam, e chicote neles, kkkkkkk.
Eric tbém trabalhou muuuuuuuuuuuuuuito, e além do trabalho braçal, registrava tudo em sua Bat-câmera para que tivéssemos momentos especiais registrados o mais perto possível do real.
O Thiago também não é fraco não, vocês verão que fotos maravilhosas esse garoto conseguir fazer. Bom, depois do subidão brabo, tivemos dois atoleiros de responsa, num deles o Kamikaze ficou, de novo a falta de pneus, o Zé nem esperou um Zeca puxar o cabo, saltou no meio da lama e foi ligar o guincho, saiu enlameado até os cabelos, kkkk, quero dizer até a careca, kkkkk, a noiva e o Silver passaram belezinha, o Chapolim deu um pouco de trabalho até achar o caminho certo, mas também dispensou auxílio para passar. A mata está bastante densa, acredito que tem passado pouca ou quase nenhuma viatura por ali nos últimos dias, os galhos riscam toda a lateral do carro, temos que ficar com vidros fechados o tempo todo.
Outra coisa que me intriga bastante naquele local é a falta de insetos, me intriga, mas não sinto nem um pouquinho a falta deles. Kkkkk. Depois de toda subida tem uma descida, isso é óbvio, e nossa descida foi mais light do que eu esperava, só o Zé-maluco-de-pedra que me deu um susto, como estava na frente não parou pra esperar orientação numa erosão e foi descendo por onde achou correto e quase tomba o Kamikaze, o João que nesta altura já estava ao seu lado, ancorou a viatura, o Zé desceu do morro e terminou o percurso sem maiores problemas, nem o Zé nem o João perceberam o risco do tombamento, nós que estávamos atrás até encolhemos esperando o barulho. Nesta até minhas pernas tremeram, kkkkk, esse Zé dá um trabalho danado pro Anjo da Guarda dele, kkkkkkkk. Chegamos ao cruzamento onde entrando à esquerda vamos para o buraco dos Cuevas, à direita seguimos para a casinha da beira do Rio e seguindo em frente há aquelas erosões horrorosas onde o Adalba quase enterrou a Toy e deu o maior trabalho arrancá-la de lá.
Nem paramos devido o adiantado da hora, nossos estômagos pediam churras e seguimos até as casinhas na beira do rio, pareceu uma eternidade chegar a esse ponto, acho que era fome. kkkk.
Na semana anterior eu havia esquecido todos os apetrechos para se fazer um churras, ainda bem que o Russo me zoou, pois acabei levando tudo que precisava apesar de saber que os mestres do churrasco estariam presentes nesta trilha (Beto, Gaúcho, C1 e C2), faltou só o carvão, mas logo esse problema foi sanado, afinal madeira é o que não falta. Folhas, gravetos e restos de carvão deixados por lá e num instante tínhamos carne, pão, queijo e lingüiça prontinhos para devorarmos.
O Zé aproveitou tomou um banho, se trocou, passou perfume e tudo mais para o almoço, kkkkk, já eram quase 16:00hs. O Eric tomou vergonha na cara e cobriu o rasgo enoooooooooooooorme de sua bermuda, ele nem percebeu, mas fez a trilha todinha quase que "só" de cueca kkkkkkk será que alguém tem uma foto? Kkkkkkk Nesse momento o Russo fez contato, tentamos nos encontrar, mas nem nós nem eles tínhamos idéia de onde um e outro estava, pelas coordenadas era perto, mas pra que lado???
E como ainda tínhamos encrenca pela frente desarmamos acampamento e tocamos em frente pra pegar nossa última erosão braba da trilha. Torce pra cá, torce pra lá e vamo que vamo que o dia está escurecendo.
Passado este enrosco entramos à esquerda, nossa árvore caída ainda está lá no mesmo local. O trecho onde pernoitamos está com a mata alta, nem dá pra ver direito, as erosões da subida estão levinhas, os eucaliptos estão crescendo bonitos, por duas vezes vimos lebres saindo correndo da frente dos faróis (será que leas comem os insetos??? Kkkkkkkkkkk).
Desta vez, não tinha lenha pra minha lareira e nem pro fogão do Gatoô. Chegamos no ponto do resgate às 18:00hs e chegamos ao posto na beira da Anhanguera às 19:00hs. O meu celular da TIM não funciona neste local, mas o VIVO do Gaspar funcionou e ele já havia dado e colhido notícias do outro grupo que já estava chegando próximo ao Rodoanel, todos sãos, salvos e felizes por concluir mais uma maravilhosa trilha, mais maravilhosa ainda por estarmos com pessoas que gostamos, pessoas de fibra, amigos-irmãos, afinal somos a Família Estilo 4x4. Quero registrar um momento de extrema importância pra mim, tenho o maior orgulho em dizer que sou amiga dessa pessoa.
Quando fizemos a trilha do VERDES ano passado, resolvi na última hora fazê-la com o Chapolim uma vez que estávamos em quatro pessoas ao invéz de uma carona como combinado durante a semana, esse cara virou pra mim e falou. – Pode ir tranqüila com o Vitara, se precisar eu arrasto você, você não fica lá.
Novamente esta mesma pessoa me chama, me dá uma cinta pequena, um cabo de chupeta e me fala: - Vai tranqüila, qualquer problema você tem meu celular, é só chamar. Obrigada Gaúcho, pra você pode não ser nada de especial, mas pra mim você não imagina o peso que suas palavras têm. Estilo 4x4Só existe porque você estava lá.
Márcia Colevati Em tempo, mudei o nome do Troller do Zé, Maicongexon só se for Killer, aí achei Kamikaze mais leve, hehehehehe.

Serra do Japi 12-04-08